ESTRELAS CADENTES – 1ª PARTE
Lembro bem da noite em que ele chegou. A luz prateada de uma belíssima lua cheia iluminava tudo que se encontrava dentro dos domínios da Casa dos Deuses, dando uma maravilhosa impressão de segurança. Impressão de que se podia caminhar por entre as árvores do antigo pomar sem nenhuma tocha ou lâmpada de óleo de javali, e não tropeçar em suas enormes raízes que saltavam da terra, parecendo conscientes.
Do meu posto na torre do sul avistei a carruagem de Malaquiah Sterns enquanto ainda dobrava a última curva, antes de chegar aos portões da Casa. Em verdade, nem poderia deixar de perceber sua chegada: há anos que o velho Malaquiah adia a troca de sua carruagem por algo mais atual, e o ruído que ela fazia poderia ser ouvido em toda Burguia. Mas, Malaquiah não se incomodava com isso. Para ele, manter em uso a velha carruagem era, além de tudo, uma questão de honra. A carruagem foi usada, antes, por seu pai, e antes dele, por seu avô, o que fazia da peça antiga uma espécie de “membro da família”.
Malaquiah guiou seus dois pares de cavalos, que puxavam a carruagem, para dentro dos muros da Casa, parando em frente da entrada da Mansão. Com dificuldade, – por causa de sua perna esquerda que ainda doía desde o último acidente, causado por Klaus Weinsnorf; Ah, aquele travesso! – desceu do cocho e foi abrir a porta para o novo hóspede da Casa dos Deuses.
A porta da carruagem se abriu. Um homem alto, mais ou menos um metro e noventa, ruivo e de grandes olhos esverdeados, desceu portando um case preto com uma guitarra. Era Martin D’Luca.
O mundo recebeu com tristeza a notícia de que Martin D’Luca deixaria, por tempo indeterminado, a cena do rock internacional. Martin era o cantor que mais vendia cds em toda a história – e isso, com apenas vinte anos! Sua música era executada em todas as rádios no planeta, sem distinção. Martin conseguiu, em um só ano, receber os maiores prêmios da música, em diversas categorias. Agora, se encontrava às portas da Casa dos Deuses, prestes a começar sua maior empreitada.
- Chegamos, senhor. – Disse Malaquiah, estendendo a mão para que Martin descesse da carruagem.
- Então essa é a Casa dos Deuses? É mais do que eu poderia imaginar...
- Sempre é, senhor. Sempre é... Aqui estão suas malas.
- Você não vai me acompanhar?
- Não, senhor, – disse humildemente – tenho que voltar até a vila e trazer mais pessoas para cá.
- E como eu encontro o Reitor?
- Ele já te encontrou. – Respondeu apontando para o alto da escadaria que levava até a porta principal de Casa, onde um homem vestido elegantemente num sobretudo cinza o observava.
Do meu posto na torre do sul avistei a carruagem de Malaquiah Sterns enquanto ainda dobrava a última curva, antes de chegar aos portões da Casa. Em verdade, nem poderia deixar de perceber sua chegada: há anos que o velho Malaquiah adia a troca de sua carruagem por algo mais atual, e o ruído que ela fazia poderia ser ouvido em toda Burguia. Mas, Malaquiah não se incomodava com isso. Para ele, manter em uso a velha carruagem era, além de tudo, uma questão de honra. A carruagem foi usada, antes, por seu pai, e antes dele, por seu avô, o que fazia da peça antiga uma espécie de “membro da família”.
Malaquiah guiou seus dois pares de cavalos, que puxavam a carruagem, para dentro dos muros da Casa, parando em frente da entrada da Mansão. Com dificuldade, – por causa de sua perna esquerda que ainda doía desde o último acidente, causado por Klaus Weinsnorf; Ah, aquele travesso! – desceu do cocho e foi abrir a porta para o novo hóspede da Casa dos Deuses.
A porta da carruagem se abriu. Um homem alto, mais ou menos um metro e noventa, ruivo e de grandes olhos esverdeados, desceu portando um case preto com uma guitarra. Era Martin D’Luca.
O mundo recebeu com tristeza a notícia de que Martin D’Luca deixaria, por tempo indeterminado, a cena do rock internacional. Martin era o cantor que mais vendia cds em toda a história – e isso, com apenas vinte anos! Sua música era executada em todas as rádios no planeta, sem distinção. Martin conseguiu, em um só ano, receber os maiores prêmios da música, em diversas categorias. Agora, se encontrava às portas da Casa dos Deuses, prestes a começar sua maior empreitada.
- Chegamos, senhor. – Disse Malaquiah, estendendo a mão para que Martin descesse da carruagem.
- Então essa é a Casa dos Deuses? É mais do que eu poderia imaginar...
- Sempre é, senhor. Sempre é... Aqui estão suas malas.
- Você não vai me acompanhar?
- Não, senhor, – disse humildemente – tenho que voltar até a vila e trazer mais pessoas para cá.
- E como eu encontro o Reitor?
- Ele já te encontrou. – Respondeu apontando para o alto da escadaria que levava até a porta principal de Casa, onde um homem vestido elegantemente num sobretudo cinza o observava.
- Bem-vindo à Casa dos Deuses.
Magnus Dra-Lukiany era o Reitor da Casa dos Deuses. Já fora aluno da instituição, onde adquiriu seu doutorado em Mitologia Antiga Mundial. Sua fama era reconhecida em todo o meio acadêmico e seus livros ajudaram a formar milhares de professores como ele. Orgulhava-se de ter participado do ensino – mesmo que indiretamente – de vários bons professores ao redor do globo. Magnus se tornou titular da cadeira de Seres Míticos da Casa dos Deuses, e, desde então, seus feitos o levaram a Reitoria, de onde goza de um enorme prestígio junto aos outros docentes.
- Bem-vindo a Casa dos Deuses. – Disse o Reitor Dra-Lukiany. – Eu me chamo Magnus Dra-Lukiany. Sou o reitor da Casa dos Deuses, e, a partir de agora, você é minha responsabilidade.
- Eu sou...
- Eu sei. Martin D’Luca. – Disse interrompendo o outro – Sua fama o precede, senhor D’Luca. E esteja certo que aqui encontrara, entre nossos alunos, vários fãs de sua música.
- Obrigado, Reitor, mas, creio que não poderei dar-lhes o que, provavelmente, irão pedir.
- Também estou ciente disso, senhor D’Luca. Mas, quanto ao assédio, acho que não poderei fazer nada. Mas o senhor deve estar habituado com isso. – disse com um sorriso no canto da boca. – Logo perceberá que aqui somos exatamente iguais aos outros lá fora. Aqui temos regras, senhor D’Luca. Regras que logo aprenderá. Mas, por enquanto, a única e verdadeira regra diz respeito diretamente ao senhor é NÃO TOQUE SUA GUITARRA. Obedeça a essa regra e tudo ficará em paz.
- Não sei em que tocar minha guitarra poderá influenciar minha estada aqui...
- Acredite, senhor D’Luca, - disse, interrompendo novamente - tocar sua guitarra aqui dentro é a pior coisa que pode fazer no momento...
[continua]
Magnus Dra-Lukiany era o Reitor da Casa dos Deuses. Já fora aluno da instituição, onde adquiriu seu doutorado em Mitologia Antiga Mundial. Sua fama era reconhecida em todo o meio acadêmico e seus livros ajudaram a formar milhares de professores como ele. Orgulhava-se de ter participado do ensino – mesmo que indiretamente – de vários bons professores ao redor do globo. Magnus se tornou titular da cadeira de Seres Míticos da Casa dos Deuses, e, desde então, seus feitos o levaram a Reitoria, de onde goza de um enorme prestígio junto aos outros docentes.
- Bem-vindo a Casa dos Deuses. – Disse o Reitor Dra-Lukiany. – Eu me chamo Magnus Dra-Lukiany. Sou o reitor da Casa dos Deuses, e, a partir de agora, você é minha responsabilidade.
- Eu sou...
- Eu sei. Martin D’Luca. – Disse interrompendo o outro – Sua fama o precede, senhor D’Luca. E esteja certo que aqui encontrara, entre nossos alunos, vários fãs de sua música.
- Obrigado, Reitor, mas, creio que não poderei dar-lhes o que, provavelmente, irão pedir.
- Também estou ciente disso, senhor D’Luca. Mas, quanto ao assédio, acho que não poderei fazer nada. Mas o senhor deve estar habituado com isso. – disse com um sorriso no canto da boca. – Logo perceberá que aqui somos exatamente iguais aos outros lá fora. Aqui temos regras, senhor D’Luca. Regras que logo aprenderá. Mas, por enquanto, a única e verdadeira regra diz respeito diretamente ao senhor é NÃO TOQUE SUA GUITARRA. Obedeça a essa regra e tudo ficará em paz.
- Não sei em que tocar minha guitarra poderá influenciar minha estada aqui...
- Acredite, senhor D’Luca, - disse, interrompendo novamente - tocar sua guitarra aqui dentro é a pior coisa que pode fazer no momento...
[continua]
10 Comments:
Nossa Douglas, como é bom lê-lo de novo! Adorei a idéia do blog e acho que será um sucesso (eu já estou curiosa do por que não se pode tocar a guitarra)!
Muitas saudades de você e de seu talento!
Beijos,
Mariana (fulanis)
Douglas,
seja bom o seu retorno.
Seu texto continua muito bom.
Felicidades, meu amigo.
Jules Rimet
Cara, bem-vindo de volta!
Ainda não li seu texto, é muito grande e estou na casa da tia de Abraão. Depois leio e linko você lá na Árvore.
Eu sempre quis uma casa na árvore... Com Deuses então!
Thais
http://www.cigarra.myflog.com.br
E aí Logan?! Estou feliz em visitar seu blog! Desnecessário dizer que começou com o pé direito! Fico ansioso pela segunda parte. Abração!
Daniel
Hey, Douglas! Que bom q vc resolveu criar (novamente) um blog público!! =) Seria muito egoísmo teu criar um blog restrito! humpf! hehehe... =P
* Estou curiosa pra saber o q vai se "assuceder" na Casa dos Deuses!! =)
** Vou te linkar lá no meu blog.
Bjosss
Kathia Vívian
http://kathiavivian.zip.net
poxa q bom q vc voltou a ter um blog douglas!
vou ser sincera.. nao tive tempo de ler o conto ainda.. to fazndo uns trabalhos aki.. mas prometo q assim q eu terminar tudo eu leio..
=o]
vou te lincar no meu fotolog!
calamidade multipla
http://calamidadecaotica.blogger.com.br
Poxa, Douglas "q bom que...." hehehehe - isso foi só pra repetir esse pedacinho das frases acima. olha. a intencao daquele post não foi ofender ninguém, muito menos tu, moço. affe. tu sabes q eu sou sua fã. ou... uma delas.
bjs, saudades suas. grandes mesmo.
(seu celular não funciona não é mesmo? ram.)
Eliza
Gostei bastante do texto (bem curioso) e o template tá muito bonito, combina com o nome, álias muito bom também. Feliz por te ler novamente. Sabia que tu num ia resistir por muito tempo... Beijocas!
Gostei bastante do texto (bem curioso) e o template tá muito bonito, combina com o nome, álias muito bom também. Feliz por te ler novamente. Sabia que tu num ia resistir por muito tempo... Beijocas!
Naná
agra sim! texto lido!
hehe
mto bom douglas!
gosto de historia desse tipo, apesar de nunca conseguir escrever historias de mais de uma lauda.. mas tudo bem.. um dia chego lah..
calamidade multipla
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